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segunda-feira, 4 de abril de 2011

ES na Prensa


Adoptar uma criança estrangeira pode custar dez mil euros

Publicado em 27 de Março de 2010

Adotar uma criança de outro país pode custar mais de 10 mil euros. Além da obrigatoriedade de constituir um advogado, há países que exigem um montante para custear o processo e outros onde é obrigatório permanecer mais de um mês.

A maioria dos portugueses candidatos a pais adotivos quer bebes saudáveis. São poucos os que procuram crianças mais velhas, grupos de irmãos ou meninos com necessidades especiais. Mas são estes que estão disponíveis para a adoção internacional, por faltarem famílias que os acolham no seu país.

As duas associações portuguesas autorizadas a mediar processos de adoção internacional - a Emergência Social e a Bem Me Queres - já receberam centenas de pedidos de pessoas dispostas a encontrar o seu filho noutro canto do mundo.

Javier Calderón, presidente da Emergência Social, garante que há cada vez mais pessoas interessadas em adotar crianças estrangeiras. A presidente da Bem Me Queres, Cristina Henriques, corrobora: "O número de pessoas tem vindo a aumentar cada vez mais".

Muitos acreditam que a adoção internacional vai dar uma resposta mais rápida aos seus desejos, mas a responsável pelos serviços de adoção do Instituto de Segurança Social (ISS), Isabel Pastor, alerta que essa é uma "vantagem" muitas vezes ilusória.

Não sendo necessariamente mais rápida, "a adoção internacional acarreta custos", avisa Isabel Pastor.

"Os processos rondam os quatro mil euros, mas podem chegar aos cinco ou seis mil ou até mesmo 10 mil euros", estima a responsável do ISS.

Uma adoção internacional obriga a deslocações ao estrangeiro, estadia no país de origem da criança e, em alguns casos, à tradução de toda a documentação por tradutores credenciados, assim como à contratação de um advogado. Há ainda países que exigem uma contribuição financeira para custear todo o processo.

No Brasil, por exemplo, não é preciso traduzir os documentos, mas é obrigatório ficar quatro ou seis semanas no país, dependendo da idade da criança.

"O preço de uma adoção pode custar entre 6500 e 10 mil euros contos aproximadamente, dependendo do pais. Uma adoção na China ronda os sete mil euros", calcula Javier Calderón.

Cristina Henriques considera ser muito difícil fazer estas contas, mas admite que em alguns casos "possa passar os dez mil euros".

As duas associações disponibilizam às famílias todo o apoio técnico e psicológico necessário, sem quaisquer lucros para as organizações.

"As pessoas pagam apenas o custo normal dos processos, honorários dos técnicos e viagens", garante Javier Calderón.

Na Bem Me Queres existem programas de formação e preparação opcionais para as famílias começarem a nova vida. "O que convém levar na bagagem quando formos buscar o nosso filho" é uma das lições que se podem aprender ali.

As duas associações ainda não começaram a trabalhar no terreno por falta de autorização dos países estrangeiros, mas lembram que só vão mediar os processos das famílias que forem consideradas aptas a adotar pelos serviços do ISS, entidade responsável pela avaliação de todos os candidatos.

Isabel Pastor sublinha que uma das vantagens das entidades mediadoras é poderem ajudar as famílias a abrir portas noutros Estados.

Este texto foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

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